14km de paisagens incríveis em Bariloche #Semana10
Montanhas Patagônicas, aconchego do frio, boa hospitalidade, as cores mais incríveis de outono já vistas por nós, sol despertando as 9 horas da manhã e neve começando a cair lá no alto da montanha. Que dúvidas teríamos em decidir passar mais uma semana em Bariloche?
De sábado até sexta-feira, aqueles lindos dias viraram em chuva, frio e café quentinho. O que nos fez aproveitar para enfiar a cara no trabalho, adiantando muita coisa e aproveitando o wifi livre. Para quem pensa que estamos em férias, só curtindo Bariloche, tá bem enganado. Nossos dias de semana são tão corridos e normais quanto de qualquer pessoa. A diferença é sempre a nova paisagem e o coração pulsando forte por cada novo momento vivido, seja bom ou ruim.
Choveu. Mas nenhum pé d´água nos impediu de curtir a paisagem e suspirar a cada momento pela vista da janela. Nossa anfitriã do Airbnb (leia sobre ela aqui) nos levou para assistir uma orquestra simplesmente sensacional, num bairro pobre da cidade. Foi quando conhecemos uma Bariloche não habitada por turistas, onde pessoas vivem em casinhas humildes, sem banheiro dentro de casa, sem calefação naquele frio do caramba, cortando um dobrado todos os dias, e que mesmo assim, vivem felizes. Ao menos foi o que pareceu.
O show de orquestra gratuito num ginásio foi uma iniciativa da Universidade de Rio Negro para levar música e cultura para quem não tem acesso, e principalmente, incentivar as crianças a despertar o interesse pela música. Foram duas horas de encanto, ouvindo o som maravilhoso e observando a educação do povo, onde, por mais que estivéssemos num bairro como aquele, todo mundo era muito educado, e estavam lá exclusivamente para ouvir a orquestra. Foi lindo. Foi emocionante.
Dias de sol e uma caminhada de 14 km
Por sorte, no sábado cedinho o fim de semana inaugurou com um céu lindo e o sol brilhando lá no cantinho dele. Em Bariloche o Sol não faz o mesmo “passeio” como no Brasil. Enquanto a Terra gira, lá, ele fica pro norte. Parece que fica sempre fazendo uma curva no horizonte. No inverno amanhece e anoitece mais tarde, e ao meio dia, nossa estrela brilha mais intensa, porém não está em cima da nossa cabeça como no Brasil. É mais ou menos como o Sol das 10 da manhã que estamos acostumados.
Mochila com frutas, água e biscoitinhos. Esticamos as pernas e fomos andando até o Cerro Otto, um morro irado próximo da casa onde estávamos. Seria uma caminhada tranquilinha, pra tirar fotos e curtir a paisagem. E foi. Tirando as mil vezes que tivemos que parar pra tomar ar, pois na altitude, frio e subida é muito cansativo!
De língua de fora sim, mas a cada passo, olhávamos para trás, e a vista compensava muito, vendo de longe o lago e as montanhas de pedras com neve no topo. Ir a pé é cansativo, mas a gente pôde aproveitar muito mais os detalhes da natureza. Aquelas árvores com bolinhas vermelhas e folhas amarelas com certeza não iriam chamar tanta atenção se tivéssemos passado de carro.
Subimos até a bilheteria da primeira estação de SKI Piedra Blancas, que abrirá somente a partir de 15 de junho. Se subíssemos mais, encontraríamos mais coisas, mas o gelo lá em cima tava começando a pegar e o combinado era no máximo 16h começar a voltar. Meia volta e morro abaixo foi bem tranquilo e rápidão. Qualquer coisa era só deitar e descer rolando, porque no meio de tanto casaco não ia ser difícil!
Ao todo, naquele sábado, essas quatro pernas magrelas andaram pouco mais de 14 km. Deu pra cansar, e mesmo assim voltaríamos muitas outras vezes, porque cada respiro ofegante era recompensado por uma paisagem bucólica e única da região.
Ficou faltando a volta pelo Cerro Catedral, um dos maiores centros de SKI da América. Este, fica para a próxima semana!
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