Passeios com direito a visita de mãe e bolo de aniversário!

Se para o amor não existe distância, imagine então, para uma mãe coruja, de coração apertado porque o filho iria passar o aniversário bem longe de casa?

Nessa nossa experiência de vida nômade, a saudade da família é algo que aperta bastante. E tem sido um exercício bem grande de lidar com o sentimento e desapegar daquilo que “achamos que nos pertence”. Estávamos em Bariloche, curtindo as mais lindas paisagens, enchendo o grupo de família do whatspp de fotos e era aniversário do  Marquinhos. É claro que pelo menos alguém iria sentir cócegas para embarcar num avião, encarar o frio e ir cantar parabéns com a gente!

Vista para Hotel Llao Llao, um resort 5 estrelas.

Lago Moreno, Bariloche

Lago Moreno

E por isso passamos mais uma semana no charmoso chalé com vista para o lago em Bariloche. A casa lotou! Gato, cachorros, a dona da casa, nós dois, a mãe dele, o vinho e muita animação naquela semana. E só por conta da visita, quebramos completamente nossa rotina de trabalho, fazendo uns horários malucos pra poder passar por vários locais legais da cidade em poucos dias.

Vista da janela do chalé

Pôr do Sol Patagônico

O Aeroporto de Bariloche é bem pequeno e fácil de se achar

Parque Nacional Nahuel Huapi

As pernas tavam pedindo sossego por conta dos 14 km caminhados dos dias anteriores, mas lá fomos nós pra mais caminhada: Conhecer a Cascata dos Duendes e subir até o Mirante do Lago Gutierrez. Foram só 800 metros de subida, que mais pareceram 8.000. Juro! Só que chegando lá em cima, tudo compensa, a vista é espetacular. Ver a luz do Sol refletindo no lago e contrastando com a sagacidade da montanha é incrível e recompensador.

Lago Gutierrez

Para silenciar a mente e ouvir a natureza

Alguém viu um duende perdido por aí?

A caráter na Cascata dos Duendes

Diz que essas bolas são como uma defesa das árvores. Quando uma parte está doente, elas criam isso para que não espalhe por todo o “corpo”

Essa bonitinha aí só sobrevive em lugares onde o Oxigênio é 100% puro. E lá tinham algumas!

Alguém chama um guincho, por favor?

Só faltaram as bolinhas de Natal!

No topo!

360º de beleza

A montanha quase de perto!

Lago Gutierrez de cima

Sol do meio dia em Bariloche

Para quem curte trekking, no mesmo caminho também tem um refúgio. Um local para passar a noite na natureza, sentindo a energia da montanha, e no outro dia, continuar a subida.

Confeitaria Giratória

No mesmo morro da caminhada da semana passada, o Cerro Otto, se subíssemos mais, chegaríamos até a Confitería  Giratoria, um empreendimento de uma sacada bem esperta em um local que dá pra ver todos os lagos e cerros. Todos mesmo.

De cima do Cerro Otto

Queríamos muito conhecer, e desta vez, a subida teve uma perspectiva bem diferente. Subimos de teleférico. Uma cabine fechada, que te leva até o topo, há 1.405 metros de altura, e que custa R$80,00 por pessoa. (Lá eles só aceitam Pesos Argentinos ou Cartão).

Teleférico Cerro Otto

É alto mas nem dá medo!

O tal do café que gira!

Lá de cima a vista é de tirar o fôlego. Dá pra ver tudo, tudinho. Pena que no Cerro Otto, ainda não tinha neve. Enxergávamos de longe nos morros mais altos, onde já tava ficando branquinho. A confeitaria giratória, gira de verdade. No meio, aonde está a cozinha ela fica parada, e as mesas giram em volta. Ela é toda de vidro, o que te proporciona uma bela vista e leva uns 20 minutos para dar uma volta completa.

Lá eles servem o melhor chocolate quente do mundo e a comida é ótima! A torta de framboesa e a de limão são azedinhas e saborosas! O atendimento é cordial, no pagamento aceitam cartão, dólar, pesos e reias. E por tudo isso, é claro que você paga caro! Um café da tarde com 2 fatias de bolo, 2 chocolates e 1 cerveja custou R$101,00. Ainda que pagamos em pesos, porque se fosse em reais, seria num câmbio absurdo e bem mais caro. Pergunta se valeu a pena? Muito! Voltaríamos? Com certeza!

Vale a visita na Confeitaria Giratória

O mais engraçado é que, hora você está na sombra, hora está com o Sol batendo forte na cara!

Dia de Sushi

Aniversário em quatro pessoas numa das cidades mais lindas que passamos até então e em terra de pesca de salmão? É claro que iríamos fazer aquele sushi para comemorar! Saímos às compras, encontramos tudo à granel e tomamos um baita susto na hora de comprar o salmão: o quilo custava mais de R$70,00, quase o dobro do pagamos no Brasil. Mas… aniversário é aniversário! O jantar japa foi feito por nós e o bolo de framboesas argentinas pela nossa anfitriã do Airbnb. Uma noite de sabores e muita risada!

Foto de Adriana Varela

Cerro Catedral

O último passeio em Bariloche foi no Cerro Catedral. O maior centro de SKI da América do Sul. Um pouco retirado do centro, e onde você encontra além de uma estação de SKI, uma mini cidade, com várias construções típicas do local divididas entre hotéis e pousadas. Algo nada barato para quem procura alojamento a preço de banana como nós, mas mesmo assim, é encantador.

O comércio por ali começa junto com a abertura da temporada de SKI, a partir de 15 de junho. Já tinha neve, mas o dia que fomos chegamos muito tarde, e se subíssemos, não daria para aproveitar, pois tem que descer até às 16h. Por que não fomos mais cedo? Porque estávamos em casa trabalhando. 🙁 Infelizmente, não foi dessa vez que pisamos na neve.

Chama Cerro “Catedral” por essas torrezinhas que tem no topo

O valor do teleférico – você compra dois: um fechado e outro aberto – é de R$130,00 por pessoa. Se quiser, pode subir caminhando. Boa sorte!

Hora de partir

Essas três semanas em Bariloche foram fantásticas. A cidade, o clima, as pessoas, a comida, a arquitetura, a natureza, as montanhas, os lagos… Uma energia que flui em harmonia, que te convida a querer voltar sempre. Por pouco não ficamos de vez por lá. Só que, estávamos com uma turista em férias na bagagem e a nossa vontade de conhecer o Pacífico nos fez arrumar as malas rumo à uma nova aventura.

Saindo de Bariloche rumo ao Chile

Então, semana que vem, tem post de Valdívia, uma das cidades mais antigas do Chile!